quinta-feira, 28 de junho de 2012

Paninho pra dormir

Confesso que minha filha é viciante, aperto tanto que ela regurgita...acho que estou sufocando a menina, talvez por isso que ela queira tanto se esconder...começou com um paninho no rosto.

Na primeira semana ela só dormia com ele, o marido levantou de madrugada e foi espiá-la, encontrou a menina toda enrolada no pano, tirou correndo mas ela estava feliz. Não demos mais o pano, ela ficou p da vida! Só dormia com aquilo...cheguei num dia a tirar 52 VEZES o pano da cara, sério...contei. Logo, quer se esconder( estou aqui pensando no motivo)...

Será que são as músicas que canto? NÃO sei a letra de nenhuma! Comprei um CD de cantigas, coloquei toda feliz pra ela, era instrumental... que bosta. Então invento mesmo, mas já avisei que é pra ela procurar no Google a letra correta quando crescer pra não passar vergonha na escola. Atualmente estou cantando meu pintinho amarelinho: - Ele bate as asas, ele faz piu piu, ele é muito louco, mais parece o Clodovil! Ela gosta, principalmente do som "Clodoovil".

Um outro possível motivo deve ser minha dança, tento interagir com o DVD do Barney e ela fica me olhando séria, mas para o Barney ela ri, então devo estar assustando a menina que lembra do paninho...


Ontem fui comprar um sling porque meu braço esquerdo começou a adormecer, pra quem não sabe é um pano que você amarra no corpo pra carregar o bebê, é óbvio que não consegui amarrar então chamaram a consultora da loja, era uma mulher meio hippie, estava descalça, me pediu pra tirar o sapato, tirei, ela colocou a bebê que estava com uma cara de assustada e dizia: -Olha a alegria dela, agora solta o braço, fecha os olhos, balança, balança. Ah tá, só faltava o cigarrinho verde! Aí minha bebê começou a se mexer dentro do pano e colocou o  rosto embaixo do meu suvaco, a consultora: -Olha gente, ela se escondeu! Que linda!. Conhecendo minha filha ela estava com vergonha da mulher ou das minhas unhas do pé, como uma loja de bebê manda uma mãe, no primeiro mês de licença maternidade, que não sai de casa tirar o sapato? Devo ser a cliente Zé do Caixão! Comprei o sling e eles me convidaram pra um slingada, uma aula pra ensinar a usá-lo, fui embora: - Tchau gente, até a swingada! PUTZ, como eu disse isso numa loja de bebê? Vermelha, dei uma gargalhada: - Swingada não, slingada né? Vergonha, vergonha, vergonha!

Mas voltando sobre o paninho, me explicaram (na verdade procurei no Google mesmo) que é um objeto transicional:

“...Os objetos transicionais simbolizam a figura materna para a criança. Há uma inevitável associação com o colo e o aconchego. Paninhos, cobertores e brinquedos de pano costumam fazer sucesso entre os bebês. Alguns meninos podem escolher objetos mais duros, como um travesseiro ou um bichinho de pelúcia.”...

“...essa teoria foi criada pelo psicanalista inglês Donald Winnicott e que, segundo o especialista, mais importante do que o objeto é a experiência da criança com ele. “Ele ajuda o bebê na difícil tarefa de construir sua identidade. São os primeiros estágios de uso da ilusão, uma transição que abre caminho para o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de brincar”, aponta Maria Eugênia.” (Fonte:
http://bebe.abril.com.br/materia/a-funcao-das-naninhas)

Ahhhh, bom! Então que já pra minha filha eu sou um paninho, que seja de renda francesa! Comprei uma naninha linda de oncinha, um charme! Ela adorou, mesmo assim fico de olho pois já soube que é um perigo o paninho sufocar, somente dê com supervisão de um adulto!

 
Eu não lembro de ter um paninho...(também, alguém lembra de alguma coisa quando tinha 1 ano de idade?), mas sendo a terceira filha...aposto que ganhei um perfex pra tirar farelo da mesa após o almoço!

Beijos,
Mamãe Real

Um comentário:

  1. Adorei o jeito que escreve, parabéns!!! A minha baby tá nessa fase, só tem um mês, mas ela gostou do paninho, fico com medo dela sufocar, mas ela dorme que é uma beleza, daí deixei... Mas direto dou uma mexida nela, só pra ter certeza que está respirando... E isso faço independente de paninho, rsrs... Boa sorte, até breve!

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